domingo, 2 de novembro de 2008

Ponto

Palavras já não saiam mais... Nem sei também se elas seriam capazes de amenizar qualquer coisa. Fui me sentindo esgotada, ja sem argumentos de explicar que 'não era bem assim'. Mas era o que eu tinha passado para aquelas pessoas. Durante muito tempo fui sendo intensa, cada dia mais intensa, sem parar para "cair na real" (ouvi que é quando tudo da errado). Foi quando chegou a hora de absorver tudo o que diziam, carregar as culpas que me cabiam (e até as que cabiam a terceiros), me calar e deixar tudo que tava guardado sair de algum jeito, entre gritos e lagrimas.
Vi o quão dificil é ser humano... Se livrar do orgulho, saber desculpar, evitar julgamentos, ser sincera... Da muito trabalho! Botar um sorriso no rosto e fingir o 'tudo bem' é tão mais fácil. Mas o mais fácil nem sempre (alias quase nunca) é o melhor caminho. Era preciso enfrentar a mim mesma. Era necessario parar e olhar pra mim, e pra quem estava a minha volta. Fui aos poucos enxergando que a vida é muito mais complexa para ser compreendida entre 'certo ou errado', as entrelinhas são mais densas do que o mero 'ponto parágrafo'.